Maior metrópole brasileira e carro-chefe da economia nacional, a cidade de São Paulo padece com frequentes acidentes em obras e avarias nos bens públicos. Pontes afundam, passarelas caem, obras do Metrô abrem cratera na Rua do Sumidouro e agora na Marginal Tietê.

Quem vive na cidade sofre não apenas com os impactos na mobilidade, mas também com os custos, que poderiam ser evitados.

Para Murilo Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de SP, falta de planejamento e manutenção explicam esses problemas. Ele comenta: “Com a tecnologia já disponível, é plenamente possível mapear tubulações e outros equipamentos, evitando-se acidentes como esse agora no Metrô e na Marginal Tietê”.

Secretaria – O Sindicato e a Federação Nacional dos Engenheiros, afora alertar sobre a precariedade de pontes, obras e barragens, propõem que sejam criadas Secretarias de Manutenção nas cidades maiores e Capitais. Segundo o dirigente, “o Brasil já tem tecnologia, experiência e mão de obra suficientes”. O presidente dos Engenheiros também ressalta que a Secretaria de Manutenção “traria economia e evitaria gastos em reparos ou reconstrução de obras”.

No caso da cratera aberta na Marginal junto à Linha 6-Laranja do Metrô, onde estourou também tubulação da Sabesp, Murilo critica: “A empresa espanhola, na ânsia pelo lucro e na pressa, cometeu vários erros, como deixar só três metros de terra sob a adutora. Precisaria pelo menos 10 metros de terra pra sustentar uma adutora daquelas dimensões”, observa.

Profissionais – No entender de Murilo Pinheiro, a concessão pelo Estado a uma empresa privada não pode dispensar a fiscalização e acompanhamento constantes. Ele afirma: “Sabesp e Metrô dispõem de engenheiros, geólogos e outros técnicos experientes e capazes. Esse pessoal precisa ser mobilizado pra acompanhar e fiscalizar as obras em andamento e também monitorar os equipamentos”.

Audiência – Quarta (9), haverá audiência pública sobre o acidente no Metrô. Participam engenheiros, metroviários, funcionários de Sabesp e parlamentares. Veja como assistir e participar.

Sindicato – Sites do SEESP, Metroviários e Sintaema.

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