Os professores estão sendo pressionados pelos donos de escolas particulares a trabalhar, mesmo que integre ou more com pessoas do grupo de risco. Quem faz o alerta é Celso Napolitano, presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), que representa os profissionais da rede privada.

De acordo com Celso, existe uma liminar que impede a volta às aulas presenciais aos educadores que sejam desse grupo, mas eles estão sendo pressionados pelo patrão. “Se falar alguma coisa, será demitido”, denuncia.

Diante desse quadro, os Sindicatos e a Fepesp estão atuando para que haja fiscalização do ambiente escolar, de forma a evitar as lotações nas salas de aula e enrijecer as regras sanitárias. “O Estado fala que pode voltar, por dia, 70% da ocupação; a Prefeitura diz que é 35%. Mas as próprias supervisoras têm forçado as escolas a admitir mais crianças”, ressalta Napolitano.

Para o dirigente, é uma desorganização total, pois os colégios não estão voltando de maneira responsável. Ele explica que as mantenedoras visam majoritariamente o lucro. “Estão abrindo mais às turmas da educação infantil, já que não têm vínculo pedagógico. Mas como um professor consegue impor restrições sanitárias pra crianças de quatro anos, que os patrões chamam de ‘clientes’?”, questiona.

Mobilização – A Fepesp assinou nesta semana o Manifesto Pela Vida, em conjunto com a Apeoesp, que representa os professores da rede pública estadual e Sindicatos filiados. O documento está sendo repassado aos órgãos de divulgação das próprias entidades e às escolas.

Divulgação – Na terça, 23, o professor Celso Napolitano assinou artigo em parceria com outros três professores da rede particular, publicado no Le Monde Diplomatique. O documento critica as atuais condições para o retorno presencial. “Queremos voltar, mas precisamos de condições pra isso”, diz o texto. Clique aqui e leia.

Mais – Acesse o site da Fepesp.

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