O Senado tem até 22 de junho pra votar a Medida Provisória 1.031/2021, que autoriza a privatização da Eletrobras. Se não, a Medida, aprovada na Câmara dia 20, perde validade.

Entidades alertam que a privatização é crime de lesa-pátria e vai aumentar as contas em até 20%. Além disso, há risco de apagões, como houve depois que privatizaram a Companhia de Eletricidade do Amapá.

Para Murilo Pinheiro, presidente da Federação Nacional dos Engenheiros e do Sindicato da categoria no Estado de SP, o Congresso prestará um desserviço à Nação se aprovar a ‘MP do apagão’, especialmente numa época de pandemia. “Mais absurdo ainda é uma decisão dessa importância ser tomada às pressas, por Medida Provisória, sem discussão com os técnicos da área, o setor produtivo e os consumidores”, alerta.

Agência Nacional de Energia Elétrica, Fiesp e o Dieese também apontam que a consequência imediata da privatização do sistema Eletrobras será conta de luz mais cara aos consumidores residenciais, comerciais e industriais. Projeta-se aumento entre 16% e 20%.

Dieese – “Pro consumidor, o mais provável é a subida no preço da energia”, diz o diretor-técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior. Ele classifica o sistema Eletrobras como “um diamante” que levou mais de seis décadas pra ser lapidado. E que agora pode ser transferido à iniciativa privada, em mais um ato de desmonte do Estado. “Em empresas desse tipo, não se trata apenas da rentabilidade”, observa. “Estamos falando de segurança energética e soberania nacional. A MP vai no sentido contrário. Não é possível simplesmente sair vendendo as empresas, com uma visão absolutamente ideológica”, critica.

Mais – Acesse os sites da FNE, Seesp e Dieese.

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