Entregadores denunciam que taxa mínima diminuiu e trabalho precarizou

Os entregadores de aplicativos estão planejando uma paralisação em São Paulo na sexta (16). De acordo com os trabalhadores, a taxa mínima paga por entrega diminuiu e as condições se precarizaram.

Contra essa política adotada pelas empresas de entrega, o movimento pretende chamar a atenção de toda a população. Os entregadores tentam reverter a exploração na prestação do serviço e buscam acesso a direitos trabalhistas básicos.

Em 2020, o movimento convocou paralisação nacional, que foi adotada em várias capitais e cidades das regiões metropolitanas. Naquela época, os atos tiveram amplo apoio do movimento sindical e da sociedade civil. Neste ano, os trabalhadores já sinalizaram com outras mobilizações, mas nenhuma teve o mesmo efeito do ano passado.

Segundo motoboy ouvido em reportagem do Brasil de Fato, os atos de 2020 reivindicaram mudanças que não foram atendidas. “Está pior do que já estava. Fica quem não tem outra opção. A gasolina aumenta, mas as taxas, não”, critica o entregador que não quis se identificar.

Precarização – Além do baixo valor pago aos entregadores, as plataformas Uber Eats, iFood e Rappi promovem bloqueios dos prestadores de serviço de forma arbitrária, além de não fornecerem equipamentos de proteção individual suficientes para as longas jornadas dos profissionais.

Ato – Nesta sexta (16), o ato terá concentração em frente ao estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu), a partir das 13 horas. O movimento pede a adesão de todos. “Caso você não possa estar presente, desligue os apps”, informa a organização.