Em defesa do petróleo brasileiro e da Petrobras

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Murilo Pinheiro é presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (Seesp) e da Federação Nacional da categoria (FNE)

Seminário coorganizado pelo SEESP colocará em pauta, nos dias 13 e 14 de junho, questões centrais envolvendo a principal empresa nacional, incluindo os preços estratosféricos dos combustíveis. Grande desafio é demonstrar relevância da companhia para o bem-estar da população e mobilizar a sociedade para resgatá-la.

Grandes vilões da inflação que assola o País, os preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha hoje ocupam lugar de destaque tanto no dia a dia da população, que pena com o custo de vida nas alturas, quanto nos artigos e debates especializados, assim como no noticiário político.

Infelizmente, nas instâncias que têm poder para agir, a discussão não tem ido ao centro da questão e tergiversa pelas mais variadas e infrutíferas soluções.

O fato é que desde 2016, quando foi adotado o chamado modelo de Paridade de Preço de Importação (PPI), o valor que os brasileiros pagam para transportar suas mercadorias, se locomover e cozinhar, entre outras atividades essenciais, flutua conforme a cotação do petróleo no mercado externo e segundo a valorização do câmbio. Eis a receita de absurdos R$ 7,00 por um litro de gasolina ou um botijão de gás chegando a R$ 160,00 em alguns locais.

Também preocupante é que essa situação – que já era crítica e se agravou com a lamentável guerra na Ucrânia – pode tornar-se ainda mais complicada se o Estado brasileiro não tomar as medidas corretas para sair dessa armadilha. Juntamente com o tal PPI, criou-se no Brasil a figura das importadoras de combustível e teve início o desmonte da capacidade de refino de petróleo internamente. E é esse pacote que precisa ser repensado com seriedade, coragem e espírito público.

Isso implica ainda refutar decisivamente a mais equivocada das propostas, colocada na mesa de maneira menos cerimoniosa desde que o atual ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, assumiu a função: a pura e simples privatização da Petrobras.  Não tem qualquer lógica imaginar que entregar todo o setor de petróleo ao mercado fará os preços baixarem. Tal medida interessaria apenas a quem desejasse se livrar de responsabilidades com o País, seu povo e seu futuro. E, obviamente, a quem lucrará imensamente assumindo a principal empresa nacional, cujo lucro no primeiro trimestre deste ano atingiu R$ 45 bilhões.

Esse conjunto de questões complexas que precisam ser discutidas com urgência e ampla participação da sociedade estará em pauta no seminário virtual “Em defesa do petróleo brasileiro e da Petrobras”, que o SEESP promove na próxima semana, em parceria com o portal Outras Palavras e o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. Na sessão de abertura agendada para 13 de junho, às 18 horas, lideranças políticas, técnicas e dos trabalhadores afirmam seu compromisso com o resgate da Petrobras para os brasileiros. Na sequência da programação, a partir das 10h do dia 14, entram em debate diagnóstico da situação, soluções factíveis e, ponto fundamental, como dar visibilidade a esse desafio vital.

Vamos juntos nesta luta pelo Brasil!

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