No dia da posse de Jair Bolsonaro, 1º de janeiro de 2019, as Centrais Sindicais enviaram carta ao Presidente por diálogo sobre a pauta trabalhista. Não foi respondida.

Após dois anos, sete meses e 24 dias, um membro de primeiro escalão recebeu as Centrais – Onix Lorenzoni, titular da recriada Pasta do Trabalho e Previdência. Participaram CUT, Força, UGT, CTB e Nova Central.

Temas – Miguel Torres, presidente da Força Sindical, diz: “Levamos nossa visão sobre o papel da Pasta. O Ministério precisa voltar a combater o trabalho degradante, a exploração infantil, os acidentes e a dialogar com as entidades”. As Centrais, segundo Miguel, são favoráveis à recriação da Pasta, “mas desde que o Ministério tenha protagonismo e seja um canal de diálogo por ações que protejam o trabalho”.

Não houve avanços quanto à Medida 1.045 – originalmente visava manter o programa de proteção ao emprego na pandemia. “O ministro Onix fecha com as posições governistas e apoia os jabutis que agravam as condições dos trabalhadores”, afirma o presidente da Força.

Sem avançar junto ao Executivo, no próprio dia 24 as Centrais conversaram com senadores, inclusive Rodrigo Pacheco, presidente. Segundo Miguel Torres, “ele é aberto ao diálogo, mas seguirá a posição da Casa”. Portanto, prossegue a conversa senador por senador. O relator está em vias de ser indicado. O sindicalismo trabalha com duas hipóteses. Fazer a MP caducar a 7 de setembro ou extirpar do texto as emendas mais venenosas aos trabalhadores.

Dieese – O órgão produziu a Nota Técnica 262, com análise do texto da MP aprovado na Câmara. A Nota observa: Errada “a insistência na ideia de que reduzindo direitos e flexibilizando regras trabalhistas será possível enfrentar o desemprego geral ou de grupos sociais”. E segue: “Após quatro anos da reforma trabalhista, essa aposta não deveria mais fazer sentido, em razão da piora no desemprego e precarização da ocupação e emprego”.

MAIS – Sites da Força Sindical e Dieese, que franqueia o conteúdo da MP.

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