Após os professores das escolas particulares de Belo Horizonte não aceitarem a proposta feita pelos patrões na campanha salarial, a categoria marcou nova assembleia para este sábado (14), às 14 horas, pra discutir o rumo das negociações. O encontro acontece no Dayrell Hotel e Centro de Convenções.

Os donos das escolas ofereceram reajuste de 5% para a Educação Básica e 4% para o Ensino Superior, percentuais bem abaixo da inflação, e ainda tentam acabar com direitos históricos da categoria. O patronal quer o fim das bolsas de estudos, da cláusula da isonomia salarial, reduzir o valor do adicional por tempo de serviço, além de alterar férias e recesso.

De acordo com o site de pesquisa de preços Mercado Mineiro, o valor das mensalidades escolares em Belo Horizonte subiu, em média, mais de 10% no último ano. “Os donos de escolas insistem em precarizar as condições de trabalho da categoria, retirar conquistas históricas e desvalorizar a profissão docente. Não aceitaremos retrocessos”, afirma Valéria Morato, presidenta do Sindicado dos Professores de Minas Gerais (Sinpro).

Pedidos – Os professores reivindicam recomposição salarial de acordo com a inflação acumulada desde 2020 e um ganho real de 5%, o que dá um total de 25,23%. Também exigem a manutenção dos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), regulamentação do trabalho virtual, proibição da dispensa coletiva e da contratação precária, entre outros pontos.

“Exigimos valorização profissional, porque somos nós, professores e professoras, que mantemos a qualidade da educação ofertada no setor privado de ensino”, ressalta Valéria Morato. Ela completa: “Nossa união será fundamental. Tenho certeza de que os professores participarão ativamente, porque só assim os donos de escolas aceitam negociar”.

Protesto – Na quinta (12), os professores realizaram um protesto simbólico. Todos deram aula vestidos de preto, para manifestar o repúdio à tentativa do patronal de retirar direitos históricos.

MAIS – Acesse o site do Sinpro Minas.

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