Os médicos da Atenção Primária à Saúde de SP aprovaram paralisação em assembleia conduzida pelo Sindicato da categoria. A mobilização ocorreu de forma online na noite de quinta (13). Os profissionais exigem diálogo com a Prefeitura, Secretaria Municipal de Saúde, Organizações Sociais (OSS) e também reivindicam a contratação imediata para o setor.

Segundo informa o presidente do Sindicato dos Médicos de SP, dr. Victor Dourado, a situação da Saúde na Capital paulista está um verdadeiro caos. Faltam medicamentos, as equipes estão trabalhando cada vez mais e sem receber horas extras, muitos trabalhadores estão afastados por terem contraído Covid-19 ou Influenza H3N2 e a população sofre com a falta de atendimento e de medicamentos.

“Passamos o ano de 2021 inteiro questionando, solicitando, enviando ofícios e só tivemos o silêncio. O patronal pede cada vez mais para que os profissionais façam um esforço a fim de garantir o atendimento. Mas eles nunca cedem. Os médicos da Atenção Primária estão exaustos”, denuncia o dr. Victor.

Colapso – O presidente do Sindicato dos Médicos explica que as unidades da Atenção Primária têm adotado papel de Pronto Socorro e UBS. Além dessa desorganização, com o avanço da Covid-19 e da H3N2, as equipes estão desfalcadas e as OSS e a Prefeitura não contratam novos profissionais.

“Do Natal pra cá, explodiu o número de novos casos de doenças respiratórias. Os médicos da Atenção Primária estão sobrecarregados e os gestores não têm feito novas contratações. Quem sofre é a população, que acaba sem atendimento”, ressalta o dirigente.

Reivindicações – Na assembleia ocorrida quinta (13), os médicos presentes deliberaram a pauta de reivindicações. São elas: 1) contratação imediata de mais equipes; 2) garantia de condições mínimas de trabalho; 3) desobrigação de comparecimento em finais de semana e feriados; 4) retomada dos espaços de discussão entre Sindicato e Prefeitura.

A paralisação da categoria está marcada para a próxima quarta, dia 19. O estado de mobilização permanente segue em vigor. Caso a Prefeitura ou a Secretaria Municipal de Saúde responda o pedido de reunião do Simesp, até o dia 17, poderá ser reavaliada a paralisação prevista para o dia 19.

MAIS – Acesse o site do Sindicato dos Médicos de SP.

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