Mas é Carnaval! – Por Oswaldo Augusto de Barros

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Em busca do caminho
Oswaldo Augusto de Barros é presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura (CNTEEC) e coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST).

Entre o desmando e a incompetência, faltam vacinas e sobram remédios sem eficácia. E nada de previsão ou maiores chances de novas vacinas. O ministro da Saúde diz que a vacinação será concluída no segundo semestre.

A tal de Cloroquina é fabricada e distribuída pelo Exército para combate da Covid-19 ao custo de mais de R$ 1,5 mi, sem qualquer comprovação de eficácia. E a Economia afirma que só há chance de crescimento caso tenhamos um número máximo de vacinas aplicadas.

No confronto do Senado, ministro é cobrado por aliado, do Amazonas, e o desencontro de informações prestadas não convence. A responsabilização é latente. Triste realidade de seu Estado, onde uma variante da Covid age agressivamente e a ausência de oxigênio expõe a irresponsabilidade Federal, palavras do próprio parlamentar.

A média diária de mortes não é inferior a mil brasileiros, e a demora na imunização acende sinal de alerta pra se atingir o ocorrido na América do Norte. Pesquisas, daqui e dos EUA, indicam que a cerca de 63% das mortes ocorrem em famílias de baixa renda.
Que mundo está sendo construído?

Distrito Federal, Porto Velho, Boa Vista e Maceió, citando apenas as Capitais, mantiveram o feriado de Carnaval. Rádios, em seus matutinos, estimulam que a população cansada de ficar em casa viaje e se divirta.

Distanciamento, cuidados higiênicos com as mãos e olhos, vacinação, uso de máscaras são apenas detalhes. Dá a nítida impressão que tudo voltou à normalidade e não é o novo normal.

A lição de Manaus não ecoou Brasil a dentro e a redução dos leitos federais nos Estados, sob a desculpa de falta de planejamento anterior, mostra a imaturidade reinante por todos os setores.

Mantenhamos os cuidados. Mãos contaminadas levam o vírus à boca e aos olhos. Distanciamento é arma pra conter a contaminação aérea. A máscara comprova-se como a melhor barreira pra impedir sua entrada pelas vias aéreas (há quem defenda duas máscaras ao mesmo tempo).

É você que deve optar entre a vida e a diversão. A manutenção do distanciamento responsável ou o abraço de urso. O uso ou não de máscaras em contato com grupos de pessoas e locais fechados a descuidar dos cuidados com as mãos.

Carnaval é festa de alegria; não é prenúncio de Funeral.

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