O aumento dos combustíveis tem gerado intensa onda de protestos. Mas não é no Brasil. No Equador ocorre desde o dia 13 de junho uma greve geral, convocada pela Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie). Cinco províncias estão com rodovias bloqueadas (Cotopaxi, Tungurahua, Chimborazo, Bolívar e Pastaza).

Insatisfeitos com a política do governo de Guillermo Lasso, os indígenas exigem a redução no preço dos combustíveis, a proibição de atividades de mineração nos territórios indígenas, mais orçamento para saúde e educação, criação de políticas públicas para conter a violência, dentre outras reivindicações.

Sexta (16), o presidente do Equador decretou estado de exceção em três províncias, Cotopaxi, Pichincha e Imbabura. Segundo o chefe do Executivo no país vizinho, as lideranças da greve foram convocadas ao diálogo, mas ele não viu intenção de buscar soluções.

Já para o líder dos indígenas, Leonidas Iza Salazar, a pauta da Conaie foi apresentada há mais de um ano, mas Guillermo Lasso se recusa a dialogar. “Não se resolverão problemas estruturais, mas nos dará mais tranquilidade para viver”, afirmou Leonidas.

Resultados – Após mais de uma semana de protestos, o governo já anunciou medidas pra tentar controlar a mobilização popular. Uma dessas medidas é de não subir os preços dos combustíveis e não privatizar setores públicos e estratégicos no país.

Dados – O presidente Guillermo Lasso assumiu em maio de 2021. Desde o início do mandato, essa é a segunda greve geral no Equador. Atualmente, 27,7% da população do país vive na pobreza, enquanto 10,5% vivem na pobreza extrema.

*Com informações do portal Brasil de Fato.